segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quero viver, não apenas sobreviver.

Por vezes sinto-me no mundo que não existe.
Um mundo cheio de calma, paciência, amizade e muito amor... Um mundo maravilhoso onde se ouve ao fundo as gargalhadas e o canto dos pássaros... O aroma das ondas do mar, misturado com os cheiros do campo nos inundam os sentidos... Fico mergulhada neste paraíso para fugir ao mundo em que vivo.
Vivo num mundo cheio de segundas intenções. Ninguém dá nada, apenas fazem uma troca de bens, sentimentos, serviços. Num mundo cheio de sorrisos falsos, que apenas esperam que se cometa um erro para se assoberbarem  da vida que ainda sobrevive nos corpos que andam em debanda por essas ruas...
Temos o maior dom que se poderia desejar... Sabemos pensar e compreendemos o meio que nos envolve, mas em vez de o tornarmos um paraíso, parece que apenas o estamos a destruir, pouco a pouco, como a areia que escoa dentro de uma ampulheta.
Tornamos o dom no nosso maior medo, pois deixamos de viver num sonho, para sobreviver numa realidade que pouca ou nenhuma felicidade nos trás.
Percebemos nos olhares que nos rodeiam a inveja, o ódio, a saudade, a violência... enfim, um mar de sentimentos que preferíamos não ver...
Por vezes dou comigo a pensar que preferia ser desprovida de inteligência. Dessa forma o mundo seria bem melhor do meu ponto de vista.
Estou farta de tentar mudar o mundo, mas cada vez mais penso que é o mundo que me está a mudar. Faz de mim, a cada dia que passa, uma mulher mais fria, mais fechada. Deixei de acreditar...
De acreditar que este mundo um dia seria um sítio melhor, em que todos teriam valores como amor, amizade, verdade, entreajuda como a base de todas as suas acções.
Vivo feliz no meu mundo, rodeada por pessoas em quem confio, pessoas que amo, pessoas por quem daria tudo na minha vida, apenas porque me recuso a deixar que os outros não entrem. Acabo por ser egoísta, porque não quero que este sentimento fuja, não quero que se apague.
Quero poder sorrir, e dar uma gargalhada sincera. Olhar para trás e conseguir sentir-me bem comigo própria. Viver os meus sonhos e concretizá-los.
Não deixo que esta sociedade fria e calculista me monopolize... Não deixo que esta me arraste para as sombras e me deixe com medo.
Quero viver, não apenas sobreviver.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Uma quinta na varanda...

Tendo em conta que os tempos não andam para brincadeiras e porque venho de uma família de agricultores, resolvi fazer uma quinta na varanda.

Não tenho ainda muita coisa, mas vou tendo: alface, rúcula, cebolinho, oregãos, salsa, coentros, hortelã pimenta, manjericão, pimentos...

Talvez com o tempo consiga ter mais qualquer coisa. Tem dado muito jeito para fazer saladas, refrescos e comida, com a vantagem de estar sempre fresco e à mão... :)

Deixo-vos algumas fotos desta quinta.







quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Rotunda do Marquês de Pombal

Voltam a mudar a Avenida e a Rotunda do Marquês de Pombal e alguém diz que tanto dinheiro para fazer uma estação fluvial na rotunda, pois os esgotos parecem não existir no primeiro projecto. É suposto não chover até Dezembro (final do perío
do experimental) pois caso contrário passaremos a andar de barco nesta zona da cidade.

Vejam o telejornal a partir dos 32:46 minutos.
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/jornaldanoite/2012/09/10/edicao-de-10-09-2012-1-parte-1

E para se rirem um bocado, deixo-vos um hino do Villaret que o meu pai me recita desde pequena...

“Oiçamos” João Villaret no papel de Rosa Araújo:

FIZ A AVENIDA, E OS EDIS FIZERAM AH!
TIVE A ESTÁTUA ALI ESCULPIDA, QUE AFINAL JÁ LÁ NÃO ESTÁ.
FUGIU PL’O CANO, PORQUE EU DISSE ÀQUELE PRIMOR,
CAVA ATRÁS DA DO HERCULANO PORQUE TU AINDA ÉS PIOR:
SÓ O OLIVEIRA MARTINS FICA NUM TALHÃO;
OS OLIVEIRAS NUNCA SAEM DONDE ESTÃO!

Estribilho:
FIZ A AVENIDA, RASGADA, COMPRIDA,
QUAL ESTRADA FLORIDA NUM HINO À CLARIDADE;
NO FIM DE TUDO, CAVARAM, FURARAM, PARA ABRIR UM CANUDO, E
FOI-SE A LIBERDADE!

CÁ NO MEU PLANO NÃO HAVIA, PODEM CRER,
ESTE METROPOLITANO QUE A AVENIDA VAI CONTER;
ISTO É DE AGORA, NO MEU TEMPO E PARA ANDAR,
TINHA O “RIPPERT’INHO” AO CHORA, O AMERICANO E O SALAZAR.
ESTE DOS QUATRO FOI TALVEZ O MAIS VELOZ,
MAS JÁ NÃO ANDA, FAZ-NOS SÓ ANDAR A NÓS!

Estribilho:
FIZ A AVENIDA, RASGADA, COMPRIDA,
QUAL ESTRADA FLORIDA NUM HINO À CLARIDADE;
NO FIM DE TUDO, CAVARAM, FURARAM, PARA ABRIR UM CANUDO, E
FOI-SE A LIBERDADE!

OS HOMENS CULTOS DESTA NOVA GERAÇÃO,
P’RA EDUCAREM OS ADULTOS QUE NÃO TÊM INSTRUÇÃO;
IDEALIZARAM UNS CARTAZES BESTIAIS,
NA AVENIDA OS AFIXARAM A CHAMAR AVÓS E PAIS.
E OS TAIS CARTAZES FORAM ÚTEIS A VALER;
ANALFABETOS, NEM UM SÓ DEIXOU DE OS LER!

Estribilho:
FIZ A AVENIDA, RASGADA, COMPRIDA,
QUAL ESTRADA FLORIDA NUM HINO À CLARIDADE;
NO FIM DE TUDO, CAVARAM, FURARAM, PARA ABRIR UM CANUDO, E
FOI-SE A LIBERDADE!