segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Primeiro Almoço


A minha casita vai-se compondo e até já se come por lá sentados à mesa... Hoje a ementa foi lasanha e canelones à bolonhesa.
A malta bebeu suminho, pois o almoço foi entre pintura de paredes do escritório e tecto da sala...
Muita coisa falta ainda, mas o principal já lá mora: A Boa Disposição...
Todas as mãos são bem vindas para ajudar a reformar este pequeno palácio.



sábado, 25 de agosto de 2007

Ascensor San Pedro


A viagem demora cerca de 10 minutos... A vista é maravilhosa... mas não é só a subida ao monte de San Pedro que é linda numa bola de vidro.

Quando chegamos ao topo deparamo-nos com jardins, um labirinto lindissimo em arbusto, um bonito restaurante com amplas janelas, um parque infantil e alguns canhões...

Não existem palavras para descrever aquele topo do mundo, com o mar aos nossos pés, o sol aquecendo-nos a pele, o vento brincando com as ervas... e o céu... num azul que mete inveja a muitos olhares...





A lenda de Santiago

Segundo uma lenda muito antiga, após a dispersão dos apóstolos pelo mundo, São Tiago (Santiago) foi pregar as “boas novas” em regiões longínquas, passando algum tempo na Galiza, Extremo Oeste da Espanha, a que os romanos chamaram “Finis Terrae”, por ser o extremo mais ocidental do mundo então conhecido.Ao regressar à Palestina, no ano 44, foi torturado e decapitado por Herodes Agripa e o seu corpo foi mandado para fora das muralhas de Jerusalém.Dois de seus discípulos, Teodoro e Anastácio, recolheram os seus restos mortais e levaram-nos de volta ao ocidente, aportando na antiga cidade de Iria Flávia, a capital da Galiza Romana na costa oeste espanhola, sepultando-o secretamente num bosque chamado Liberum Domum.


O aparecimento da vieira ligado ao culto de Santiago, de difícil explicação na longínqua Idade Média, originou desde logo a lenda de que o barco, que trouxera o corpo do Apóstolo Santiago de Palestina até às costas da Galiza, chegara ali coberto de moluscos. A concha da vieira tornou-se desde logo o símbolo do peregrino de Santiago e é usada também para marcar os lugares e sítios relacionados com os caminhos da peregrinação.Entretanto, chamou-se ao lugar onde o santo foi sepultado "Campus Stellae" ou Campo de Estrelas devido à prodigiosa visão do ermitão de San Fiz, de nome Pelágio que vira em noites sucessivas uma estrela iluminando um alto carvalho que sobressaía do referido bosque. Daí deriva o actual nome de Compostela.Avisado das luzes místicas, o bispo de Iria Flávia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local, encontrando, assim, uma arca de mármore com os ossos do santo.A notícia espalhou-se e as pessoas começaram a deslocar-se, primeiro dos estados cristãos do norte peninsular, depois de toda a Europa, afim de conhecer o sepulcro, originado assim os Caminhos de Santiago de Compostela.








Para saberem mais lendas podem consultar: http://www.caminhodesantiago.com/lendas.htm






Visual DNA

uma amiga enviou-de o seguinte link http://dna.imagini.net/friends/ e depois de algumas imagens eis o resultado:


domingo, 19 de agosto de 2007

Penedones


Esta aldeia pequenina, nitidamente transmontana, está junto a uma linda barragem… Lembro de ir lá de ano a ano, e passear sozinha por entre os caminhos abertos pelo gado. Esses caminhos levavam-me até um rio, cuja água era gelada… Tinha uma nora ao pé, lindíssima… Lembro-me de ficar durante horas deitada no campo, com os pés no rio apenas a olhar o movimento da nora.
Embora a casa da minha avó fosse de tijolo, a maior parte das casas são de pedra, muitas já estão abandonadas, mas a maior parte estão em bom estado. O caminho para a aldeia é em pedra também e já não está muito direito, pelo que se tem que andar com muito cuidado. Existe um tanque e um forno comum e as pessoas eram todas muito unidas.


Noites passadas a jogar cartas com as pessoas da terra, em que nem comida nem bebida faltava. O belo do presunto fazia parte de qualquer mesa e refeição. Até a canja leva presunto…


Hoje está tudo mais abandonado… Os novos não querem ir para lá… Os mais idosos começam a não resistir e abandonam este mundo… Mais uma das aldeias que irá ficar deserta com o passar dos anos.


Neste momento até têm um aldeamento turístico e um parque de campismo junto à barragem. Espero que isso chame mais pessoas para aquelas terras, porque nada se compara à beleza daquelas montanhas, que com o tempo foram beijadas pela água da barragem, fazendo com que a única via para se passar de um lado para o outro seja a nado…


Lembro-me de a minha avó dizer-me que fazia a travessia a pé, na altura em que a água se reduzia a uma pequena ribeira… Ela como era a mais velha da casa, ia muitas vezes levar os recados aos familiares que moravam na outra montanha.


Como Montalegre também cresceu, aconselho todos os que quiserem um fim-de-semana só para relaxar a irem até esta vila, que fica perto de Vilar de Perdizes, e depois visitarem a aldeia de Penedones e a barragem… A vista é lindíssima do cemitério e se quiserem podem sempre levar uma flor e colocar na campa da minha avó, o seu nome é Laurinda Alves da Fonseca…

Férias em familia - Capítulo II

A viagem até Santiago correu lindamente. Os cinco lá fomos pelas estradas perdidas da Espanha (os cinco, porque a menina do TomTom foi adoptada). Por vezes o meu pai chateava-se com a menina, pois mandava-nos virar em sentidos proibidos ou para estradas que não existiam… Foi delirante ouvir o meu pai a discutir com um aparelho electrónico, como se estivesse a discutir/falar com uma pessoa real.
Chegados ao hotel, que era muito bom, Hotel de Santa Luzia, arranjamo-nos e seguimos até à cidade dos peregrinos: Santiago de Compostela, cuja lenda se pode ler num outro post intitulado “A lenda de Santiago”. Muitas comprinhas, paragem obrigatória num bar que descobrimos por lá à dois anos e jantar numa tasquinha. A comida espanhola nada se compara à nossa, nós comemos e eles petiscam… Depois existia o problema da língua, que eles teimam em não nos compreender…
Claro que coisas básicas como “café solo” (uma bica) ou um “vaso” de água (copo de água) nós conseguíamos transmitir. Mas aprendemos outras coisas, tais como “quanto vale” (quanto custa) que era a frase favorita da minha irmã.
Ainda que seja estranho que quando se entra em qualquer lado nos dizem olá, em vez de boa tarde ou bom dia, e nos digam até logo, em vez de adeus. Quem os há-de perceber… povo estranho que não come.
As ruas de Santiago são quase mágicas e fazem-nos embarcar através tempo até à época medieval. Muita animação de rua incluindo o senhor preto que toca jazz. As gravuras feitas da cidade em carvão são deliciosas… E a imagem da catedral fica-nos impressa na mente para sempre… O entardecer, as cores do por do sol a contrastarem com aquele monumento gigantesco fazem-nos sentir tudo o que aquele lugar é. Um marco histórico de fé…
No dia seguinte, embarcamos rumo à cidade de Coruña. Poderia dizer-se que é uma estância balnear, mas a sua beleza vai muito aquém das belas praias. Pode-se ver toda a cidade do miradouro de San Pedro, cujo ascensor é uma esfera perfeita… e ainda por cima é gratuito. (pode-se ler mais sobre este ascensor e miradouro no post “San Pedro”). Tive pena de não ter tido tempo para visitar alguns dos museus desta cidade, nomeadamente o Museu da Ciência, que pelas fotografias do panfleto deveria ser muito interessante…
Regressamos ao hotel e fomos jantar em Santiago, planeando o caminho de regresso a Portugal e fazendo as últimas compras. Comprei um licor de ervas que é delicioso e também tenho a famosa garrafa de Queimada.
Mais uma vez o meu pai se chateou com o quinto elemento da família, o GPS… Pois parecia só querer funcionar de dia, ainda disse ao meu pai que ele não funcionava depois do jantar porque nós não lhe dávamos comida…
Arrumar as coisas e partir em direcção à Régua, passando por Montalegre, a vila mais perto da terra da minha avó paterna que é Penedones. A placa mais bonita que vi em Espanha foi “Portugal a 20 Km” podem dizer o que quiserem, mas o meu país é o meu país… Não há nada mais bonito do que este “jardim à beira mar plantado” como o poeta diz…
Durante a viagem, a minha mente viajou… As nuvens pareciam pedaços de algodão doce espalhados pelo céu… O verde das árvores contrastava com o cinza das pedras e convidava a entrar nesse mundo tão próprio da natureza, gritavam para que fizéssemos parte dele… Cheguei a imaginar-me no cimo do monte, deitada à sombra de uma daquelas árvores, olhando o céu e relembrando todos os segredos escondidos nas entranhas daquelas florestas…
Quando chegamos à Régua, tudo estava como me lembrava e passeamos junto ao Douro, comemos uma posta de carne (acho o termo antagónico, tendo em conta que posta seria de peixe) e regressamos com a luz da lua para a residencial. No restaurante trataram-nos como se fossemos da casa, o que é deveras interessante, porque o meu pai é que já cá veio mais vezes, mas reduz-se apenas a três visitas…
As férias estão a chegar ao fim, mas como ainda não acabaram… Amanhã segue-se um passeio no Douro antes de se regressar à Macarca.

Férias em familia - Capítulo I

Tudo começou com a apanha do milho, após duas semanas de trabalhos intensivos na minha casita… Uma pessoa a pensar “Vou finalmente de férias…” e depois é apanhada pelo pai a dizer que é necessário acordar às sete da matina para ir para o campo… Que rica vida, isto de ter um pai reformado, aprendiz de agricultor tem muito que se lhe diga.

Não obstante, e porque um “azar” nunca vem só, o meu menino (o meu carro) ficou com uma jipose, isto é, foi apanhado pelo jipe, enquanto o meu pai o conduzia, ficando com uma porta mais compacta e mais preta – devo referenciar que o meu carrinho é cinzento.

Mas, a vida não é feita só de maus momentos e viemos passear os quatro, algo que se tem repetido há alguns anos a esta parte, até Espanha. Desta vez o destino é Coruña.
Partida na terça-feira de manhã, acordar às sete e sair da Macarca – terra encantadora – por volta das oito e meia, porque os pais adormeceram, isto é o que eles nos dizem e eu nem quero especular sobre o que andaram a fazer para ficarem na cama até tarde.


Destino inicial Pontevedra, para almoçar marisco… A viagem

foi linda. Pude constatar que os tons de Outono já se espelham na vegetação e os aromas desta estação perfumam o ar.
Foi lindo poder ver as casas gradualmente a ter mais pedra que cimento, telhados mais inclinados… A vegetação também se tornou mais densa, o que me leva a crer que existem mais civismo por parte da sociedade em manter um bem precioso – o oxigénio – só possível através dos verdes a que damos tão pouca importância no nosso dia-a-dia.
As temperaturas foram descendo à medida que íamos subindo em direcção ao pólo norte, de tal forma que as nuvens decidiram beijar docemente as montanhas que iam encontrando. O nevoeiro denso, nas terras mais altas, dava um toque de mistério ao cenário que se ia desenrolando à nossa frente.
Paragem para almoço em pontevedra e depois seguimos para Sanxenxo, onde já tínhamos hotel marcado. Atenção que não era qualquer coisa, tinha piscina e tudo… Mas a chuva decidiu brindar-nos e não aproveitamos as águas geladas que se encontravam paradas dentro das quatro paredes abaixo de terra.


Foi bom passear à beira mar, sentir o vento e a chuva na face… o aroma da terra molhada… Naquela marginal tudo nos parecia, por um lado familiar, mas por outro, parecia saído de um livro… Tudo arranjado, passeios limpos, transito civilizado. Os peões fundem-se com a paisagem e o mar parece coexistir em harmonia com a população…
Estátuas de ferro dentro do mar, estátuas de areia em terra… Pareceu-me que esta localidade dá muita importância à arte, mesmo os edifícios eram feitos com brio e gosto, nada parecia estar ao acaso, tudo tinha espaço para viver e pulsar dentro do universo que se formou naquele lugar junto ao mar.



Amanhã rumo a Santiago, onde temos hotel marcado por duas noites… Vejamos o que nos reserva o tempo e o caminho… Mas o que eu sei é que sem o percorrermos, sem nos sujeitarmos aos perigos que podem estar escondidos nas suas entranhas, não nos podemos deliciar com algumas das paisagem mais belas… Tanto para os olhos, como para o coração.

sábado, 11 de agosto de 2007

Filmes

O cinema voltou a ser uma parte da minha vida, consigo retirar um pouco do tempo que parece que não tenho e arranjei um companheiro para as sessões de cinema a meio da tarde a horas já não muito recomendáveis para quem se tem que levantar cedo no dia seguinte.
O último filme que fui ver foi “Transformers”. Talvez este nome para alguns seja novidade, mas para mim foi regressar à infância para ver um dos bonecos mais dinâmicos e que me incutiu o gosto pela robótica e automação. Ficava maravilhada com a transformação dos robôs em carros, camiões, tanques de guerra ou aviões… Tudo era feito com uma sincronia fantástica, e ainda tínhamos aquela parte em que os cinco robôs se fundiam num só. Eu cheguei a ter uma imitação desses robôs e adorava transformar e voltar à forma inicial.
Recomendo vivamente o filme, até porque visto no cinema os robôs têm mais imponência e os sons de guerra ficam mais realistas… Mas não apenas porque se vai ver uns desenhos animados que viraram reais… Este filme contém preciosas lições de moral que a nossa sociedade precisa de ouvir.

Viver

Ao longo dos dias que constituem a minha existência aprendi várias coisas e uma das que mais valorizo é saber levantar-me, mesmo que a queda seja enorme.
Por vezes, ao olharmos para trás, temos tendência a apenas recordar os momentos maus da vida, aqueles em que estivemos em baixo, e por vezes esse buraco onde nos enfiámos pode ser enorme… Mas a beleza da vida é sabermos aprender com a quedas e recordar os momentos bons… Como alguém disse “Quando te atirarem pedras, não as mandes de volta. Apanha-as e constrói uma escada.” Penso que esta é uma das vias para se poder viver melhor.
No entanto não nos podemos esquecer de viver. Não podemos ser aquele viajante que tira fotografias de todos os sítios onde esteve, mas esqueceu-se de sentir o ambiente que o rodeava… O seu corpo coexistiu com aqueles lugares maravilhosos que encontramos de forma estática em alguns bocados de papel fotográfico, mas a sua alma nem sequer passou perto, ficou sempre presa à sua terra natal… Ele existiu mas não viveu em plenitude.
Penso que para se chegar ao fim da nossa existência e dizer-mos com um sorriso nos lábios “já posso morrer, porque vivi….” É necessário por um lado viver realmente a vida, sentir cada aroma, cada cor… ver a natureza que nos rodeia e fazer parte integrante dela. Olhar pelos que nos amam, seja de que natureza for esse amor… Compreender a sociedade que todos os dias se agita à nossa volta e dá movimento à nossa vida. Precisamos de aprender com os nossos erros, conhecermo-nos bem, gostarmos de nós. Também é preciso ensinar os outros, dar um pouco de nós aos que nos rodeiam e pode passar por um sorriso, um abraço, uma palavra amiga ou por uns instantes de silêncio…
Eu posso dizer que aprendi a viver recentemente, pelo menos quando comparo o meu novo estilo de vida com o que tinha no passado. Hoje gosto do que faço e não tenho vergonha de ser como sou. Tento dar o melhor de mim, todos os dias e vou constantemente ao passado averiguar as lições de vida que me foram dadas clandestinamente. Agradeço todos os dias o carinho que me é dado pelos meus amigos e a possibilidade de conhecer novas pessoas, com culturas diferente para que o meu mundo possa ser mais diversificado, dessa forma posso ajudar melhor quando me pedem e quando não pedem. Transponho a força de viver para o meu trabalho, para a minha alegria de viver, para ensinar… E uma coisa fundamental, tento ver sempre o copo ou meio cheio ou a transbordar, porque o muro das lamentações já é muito grande e sorrir torna-nos mais jovens e menos rancorosos…
Como a minha avó costumava dizer “Viver não custa, custa é saber viver”.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Mulheres...

A sociedade sofreu realmente grandes transformações e uma delas passa exactamente pelo facto de as mulheres se mostrarem muito mais atrevidas, no que diz respeito à componente sexual da sua vida...
É claro que as mulheres sempre foram assim, mas minha senhoras existem locais para tudo e uma Lady é uma Lady...
Quando saí para uma disco, que não vou dizer nome, nem data, para não comprometer ninguém, o meu espírito ficou parvo... As mulheres servem-se do andar, dos saltos altos e dos vestidos justos, das calças rendadas, dos tops que nada tapam, tudo... todas as armas que conseguem arranjar para seduzir os homens...
Mas meus amigos a coisa é muito bem estudada, dependendo do que querem... ora dão sensualidade por um lado, ou agressividade por outro... O que eu não compreendo é como é que os homens embarcam tão facilmente num sorriso previamente estudado...
Depois, se estivermos numa lady's night, as mulheres deixam de olhar para tudo e todos e todos os olhares e a sensualidade das suas danças são canalizados para o balcão onde surgem os bailarinos... Meus senhores acaba por ser até um pouco decadente... pois se elas pudessem agarravam-nos e apalpavam cada cm daqueles corpos cuidadosamente trabalhados em ginásios...
O mais caricato da coisa, é que quando alguém não olha - a minha pessoa por exemplo - ficam escandalizadas, dizem "Os homens são bons como podes não olhar?" ao que respondo com naturalidade "Os músculos que desenvolvem, não lhes dão inteligencia" e fico a rir-me para dentro porque a maioria delas nem sequer perrcebo o que quero dizer...
Conclusão: A mulheres de hoje querem ser iguais aos homens em tudo... e isso passa também pela caça ao sexo...
Mulheres... os homens também gostam de Lady's...