segunda-feira, 14 de abril de 2008

Lágrimas...

No brilho perdido
das lágrimas caídas
por aqueles de quem
o sofimento
é sufocado num silêncio
que nunca é escutado
está uma beleza
digna de ser vista...
Estas pessoas,
são postas de parte
por uma sociedade
ingrata, esteriotipada...
Vivem numa realidade
demasiado vazia e fria
e apenas têm o calor
dos seus entes e amigos
através do carinho
do amor...
São maltratado,
espezinhados...
porque não podem ter
o que o dinheiro compra...
Mas são mais ricos
do que aqueles que se gabam
dos milhões nos bancos...
Têm o brilho no olhar
quando abraçam os filhos...
O sorriso nos lábios
quando falam aos amigos...
O seu coração é maior
do que qualquer cofre...
E embora o sofrimento,
a angústia e o desespero
lhes atormente a alma,
conseguem algo
que os outros teimam em comprar
sereninade de espírito
e uma vida calma....
O brilho perdido
das lágrimas caídas
reflecte o sonho
de um mundo melhor...
um mundo cheio de amor...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Uma ovelha que é uma vaca....

Surgiram novos membros na quinta da minha avó... No início da semana passada tivemos mais duas ovelhas... uma branquinha e outra é uma vaquinha.... um casal lindo...
Na verdade a história começa um pouco antes da Páscoa... Como todos sabem, existe uma tradição pascal que consiste em comer borrego nesta quadra. Ora, tendo nós começado a criar gado lá em casa, quer dizer, tendo o meu pai começado a criar o gado lá em casa, pois já temos galinhas, coelhas e não coelhos (esta história também é muito gira) e ovelhas, não menosprezando os já donos da quinta, o Mancha e o Soneca (os cães), matámos (ou melhor, alguém matou, que quando eu cheguei à terra já estava metade na arca e outra metade no frigorífico) um dos rebentos mais novos...
O que aconteceu deixou-me a pensar que estes animais, as ovelhas, não são tão burros quanto possam parecer. As ovelhas mais novas deixaram de comer como comiam, ou seja, reduziram para menos de metade a quantidade de ração que estavam a comer. Segundo o que posso apurar, pois elas não falam, devem ter constatado que a ovelha que matámos era a maior delas, logo se comessem menos, talvez não fossem para o tacho.
As ovelhas mais velhas, que normalmente vinham ter com o pessoal para receber festas, principalmente o Chico, o macho, deixaram de nos ligar, amuaram.... Provavelmente estariam a fazer o luto.
A mãe da que morreu, chamou por ela durante dois dias...
Ou seja, estes animais também sentem a falta um dos outros e vivem em sociedade. Devem de alguma forma fazer o luto e compreendem de alguma forma quais os factores que influenciam a saída de um dos membros para abate. Afinal deve ser por isso que se chamam ovelhas e não burros....
Depois deste luto tiveram um nascimento... dois novos membros integraram esta comunidade... mas penso que tiveram uma surpresa, pois nasceu uma ovelha e uma vaca... As imagens falam por si...




Na realidade são duas ovelhas, como é óbvio, uma ovelha não pode gerar uma vaca...
Em relação aos coelhos... bem a minha irmã quando ficou a tomar conta da quinta achou por bem dar nomes a todos os coelhos... e claro está que achando que eram machos, só deu nomes masculinos. Só há pouco tempo é que se descobriu que afinal os coelhos são coelhos e como tal fez-se um novo baptismo, mudando os nomes masculinos para os correspondentes em feminino...

A última questão que deixo no ar, ainda se refere ao novo membro da quinta... Será que é desta que se poderá beber um galão directo da teta da ovelha?????