Existem aqueles dias em que não me apetece sair de casa, em que olho pela janela e embora o rebuliço do mundo me tente inundar as veias, permaneço imune a essa energia, banhando a minha alma de uma certa nostalgia.
É nesses dias, para evitar ficar dentro de quatro paredes, a comer que nem uma louca, que me obrigo a tomar banho, vestir algo decente e a pegar nas chaves do carro.
Estes passeios solitários, eu, o meu carro, o meu diário laranja e a minha máquina fotográfica, tornaram-se numa espécie de terapia. Recuso-me a ficar muito tempo deprimida, até porque não sei quanto tempo de vida me resta e quero sentir o mundo de uma forma intensa, segundo a segundo.
Sentir a chuva na minha face, o cheiro da terra molhada, a brisa do mar, ouvir o canto dos pássaros... sentir tudo aquilo que a natureza tão generosamente nos oferece e nós teimamos em passar ao lado dessas lindas oferendas, com a desculpa "Não tenho tempo..."
Precisamos de tempo para tudo e temos tempo para tudo... até para sorrir...
Estas fotos são resultado de um passeio feito recentemente à expo... tento fazer da fotografia um olhar atento às realidade que passam despercebidas aos olhos da sociedade
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